sexta-feira, 31 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração de libertação

A doutrina bíblica da oração
A oração após os tempos bíblicos


                  Uma oração de libertação

Leitura diária:
Salmo 42.1-11
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 119.161-176, 120 e 121

Sim, foi isto que aconteceu com a igreja cristã. Liberta das amarras da igreja oficial, embora esta vá reagir com a Inquisição se tornando mais intensa, perseguindo, torturando e matando mesmo os crentes que se declaravam fiéis a esta nova existência na presença de Deus, sem a necessidade de um tutor, o fato verdadeiro é que os crentes vão passar a ter livre acesso ao Pai.

A Bíblia não está mais trancada nos monatérios e conventos... O seu texto já não está mais restrito a uma língua que muitos consideravam "morta". Ela agora podia ser lida e pregada no idioma de cada povo. Com isto, as idéias reformistas foram se desenvolvendo e os novos tempos chegaram.


Digamos que o texto do salmo 42 inspirou a todos aqueles que viveram esta época, como uma oração coletiva que se alastrava pelo mundo:


"Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo". Sl 42.1,2

Assim, a vida cristã passou a ter um novo patamar. Aquele viver monitorado pelo clero, que tanto católico como protestante, ditavam normas e cobravam indulgências, foi ficando no passado e a igreja cristã ganhou ares mais liberais, permitindo ao crente que ele mesmo, se tornasse mentor de sua vida santa e separada. Em contato direto com o Pai, ele podia orar para pedir, agradecer, interceder. A "reza" oficial vai perdendo seu efeito, ficando a critério de cada pessoa, em decorrência do seu maior e melhor relacionamento com o Pai, fazer a sua oração de fôro íntimo, sem os ditames de uma prece decorada.

O crente, passou a dirigir-se diretamente ao Pai, levando a ele todo o seu sentir e querer. Os versículos finais do salmo testemunham o sentimento que deve ter inspirado a muitos crentes do passado, nas orações que pronunciavam em face das dificuldades e contrariedades da vida: "Por que estás abatida, ó minha alma, e porque te perturbas dentro de mim? Espera em Deus... Ele que é o meu socorro e o meu Deus." Sl 42.1,2




Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, esta mesma disposição do salmista em estar na tua presença, para rogar por teu amor e agradecer a bênção recebida.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração de confissão

A doutrina bíblica da oração
A oração após os tempos bíblicos


Uma oração de confissão

Leitura diária: Salmo 38.1-22
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulo 119.113-160

O que vai mudar o desenvolvimento do ministério da oração para a igreja, não foi resultado de qualquer esforço oriundo da própria igreja, mas sim de dois atos isolados, liderados por dois homens que em separado, fizeram com que suas idéias ou inventos, mudassem não somente a face da igreja, mas também a própria evolução da civilização.

Primeiramente, Guttemberg (alemão, 1394/1468), que em meio ao movimento chamado de Renascimento vai criar a imprensa por meio dos caracteres móveis, isto em torno de 1450/60, e tem como vetor de sua descoberta, a impressão da Bíblia. Algumas décadas, depois, um segundohomem se junta a este, Martinho Lutero (alemão, 1483/1546) que, com o Movimento da Reforma, iniciado em 1517 por ele, vai trazer as idéias novas para a igreja oficial que dispunha agora da Palavra de Deus mais facilmente à mão.


Nesta vulgarização do texto bíblico, até então retido nas grades do latim, simbolo de um Império que se desfez (1453) e de uma igreja que se encastelara em seus privilégios e riqueza e que por isso mesmo se distanciara do povo, igreja oficial contra a qual Lutero se insurgira, ele próprio traduz a Bíblia para o alemão, enquanto, um século antes quase, John Wycliffe (inglês, 1320/1384) já o tinha feito para o inglês.


Com isso, os textos bíblicos se tornaram mais próximos da comunidade dos crentes, e como a vida desses líderes reformadores era de reclusão e de observância irrestrita à Palavra de Deus, os salmos de confissão e de submissão deviam servir de inspiração para os crentes da época:


"Ó Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Senhor diante de ti está todo o meu desejo e o meu suspirar não te é oculto.Não me desampares, ó Senhor. Apressa-te em meu auxílio" Sl 38.1,9,21


Com a libertação das indulgências que Martinho Lutero trouxe para a igreja, o crente passou a ver-se como responsável pessoal e único diante de Deus por sua vida e seus pecados. Este salmo de Davi expressa bem este sentir.




Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, este espírito de reverência e temor diante de ti, de tal maneira vívido em meu ser, que eu não me deixe enganar pelo mal.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - A criação de Deus sendo motivo de oração

A doutrina bíblica da oração
A oração após os tempos bíblicos


 A criação de Deus sendo motivo de oração



Leitura diária: Salmo 19.1-14
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulo 119.65-112

Sem dúvida, nestes tempos trevosos que a humanidade atravessou da chamada Antiguidade até ao final da Idade Média, com a precariedade dos recursos e pobreza mesmo das pupulações em geral, a igreja de Cristo que se congregava em cada uma dessas comunidades tinha que se valer dos registros antigos para inspirar os seus atos de culto.

A Bíblia, a Palavra de Deus, ainda estava de certa forma se compondo. Os textos já definidos como "canônicos", eram oficializados nos diversos concílios que a igreja formava, mas eles não tinham como distribuir tais escrituras.Os grandes volumes manuscritos se tornavam quase que esxclusivamente, propriedade das bibliotecas que se formavam junto aos monastérios, abadias, igrejas e mesmo os seminários nascentes.

O povo tinha pouco ou nenhum acesso à leitura bíblica que estava ainda reduzida ao texto grego da septuaginta para o AT e dos manuscritos mais recentes do NT, também em grego. Isto só vai mudar um pouco, no século IV d.C. (anos 300 de nossa era), quando Jerônimo, por ordem da igreja oficial, faz a tradução do texto bíblico para o latim, a chamada tradução "vulgata".Porém, o povo, os núcleos que formavam a igreja, continuavam distanciados do texto bíblico, pois não sabendo ler, de nada lhes adiantava conhecer que o texto agora estava no chamado "vulgo popular", o latim, o idioma que o Império Romano difundira para o mundo.

Assim, é que os salmos continuaram sendo para este povo, um lenitivo permanente para a dor e o alento para a esperança. Em um salmo como este de Davi, a igreja de Cristo, recitando-o em espírito de oração, compartilhava um pouco em cada comunidade a grandiosidade do Deus que adoravam e temiam:

"Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos... A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma... Quem pode discernir os próprios erros? Sl 19.1,7,12

Assim os salmos iam como que embalando a igreja, para que quando chegasse o dia de sua afirmação, ela estivesse em condições de desfrutá-lo.




Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, a sensibilidade para olhando a natureza perceber não só o teu poder, mas também o teu amor por tua criatura.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - O estado de espírito da igreja que ora

A doutrina bíblica da oração
A oração na igreja hoje


 O estado de espírito da igreja que ora



Leitura diária:
Atos dos Apóstolos 4.32-37
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 128, 129 e 130

O texto de nossa leitura de hoje, é como se fosse uma continuidade ao de ontem, embora dois capítulos os separam e talvez alguns dias, quantos não sabemos, mas temos nesse interregno entre eles, a narrativa de dois eventos bem distintos e que devem ter ocorrido distantes em termos de dias, um do outro, pelo que podemos depreender da leitura (a cura do coxo e a prisão de Pedro e João pelo Sinédrio).

Observem que lendo-se sequencialmente os dois versículos, o último da leitura de ontem (2.47) e o primeiro de hoje (4.32), nada parece separar um momento do outro, tal a continuidade descritiva do espírito de amor, concórdia e paz reinante naquela igreja:

"... louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos...Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.

A igreja que aspire viver num estado de espírito como este, de tanta harmonia e integração, só o poderá fazer por meio da oração. Não há outro meio ou caminho. As técnicas mais desenvolvidas modernamente utilizadas pelas empresas para estreitar os relacionamentos e o ambiente de fraternidade entre os seus profissionais, clientes, fornecedores, não conseguem alcançar tal nível de interação. Muitas vezes, até, criam situações embaraçosas e que prejudicam o bem estar do grupo.

Já o espírito de oração entranhado em uma comunidade, seja ela maior ou menor, familiar ou eclesiástico, religioso ou secular, não importa, ele, por dissipar as vaidades, minimizar os egos, moldar os temperamentos, domar os facilmente irritáveis, temperar os ânimos, equilibrar os ímpetos, diminuir o egoísto e o orgulho do "eu", consegue sim, fazer com que "o coração de todos seja um só, e a alma de todos seja uma só". Será que a sua e a minha igreja, as nossas famílias têm este estado de espírito resultante do espírito de oração reinante?




Oração para o dia: Concede-me, Senhor, um tal espírito de oração no viver, que eu possa pela comunhão com o teu Santo Espírito estar em plena harmonia com todos ao redor.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

CULTO DE GRATIDÃO 40 ANOS DIACONO ROMI ROSA




Foi realizado ontem na congregação batista no horto florestal, no culto da noite.  Os 40 anos de batismo do irmão diácono Romi Rosa, onde tivemos o privilegio de ouvir o pastor Jocis Godoy.  Que há 40 anos levou as águas o irmão Romi, na Igreja Batista em Boa Ventura.

Parabéns ao irmão Romi Rosa...

Revendo nosso manual do bom comportamento

altEm um dos seus textos, o escritor Paulo Coelho fala sobre como Jesus não seguia o manual do bom comportamento. Depois de ler esse tema me fez refletir sobre alguns assuntos:

Texto de Paulo Coelho:
Não seguir o manual do bom comportamento
Jesus deve ter pensado muito bem em suas atitudes. Sabia que elas seriam comentadas pelos séculos vindouros, e precisava dar o exemplo.


Seu primeiro milagre? Não foi curar um cego, fazer um coxo andar, exorcizar um demônio: mas transformar água em vinho, e animar a festa.

Seus companheiros? Não foram os que comandavam a cultura e a religião da época; mas homens comuns, que viviam de seu trabalho.

Suas companheiras? Não eram como Marta, que fazia bem direitinho a tarefa doméstica; mas como Maria, que o seguia com liberdade.

O primeiro santo? Não foi um apóstolo, nem discípulo, nem um fiel seguidor; mas o ladrão que morria ao seu lado.

O sucessor? Não foi aquele que mais se aplicou em aprender seus ensinamentos; mas quem o negou no momento em que mais precisava de ajuda.

Enfim, nada do que mandava o manual do bom comportamento.


Minha conclusão:
Acredito que o escritor Paulo Coelho, apesar de no meu ponto de vista algumas de suas ideias serem equivocadas, está certíssimo na sua afirmação: Jesus não seguiu o manual do bom comportamento. Mas a questão é que mesmo não seguindo este manual, Ele fez tudo de forma corretíssima, sem contestamento. Logo, penso que seja o nosso manual que deve ser contestado.

Por exemplo: Em alguns momentos deixamos de lado a alegria, o louvor, a felicidade, a adoração e damos mais importância aquelas tristezas e angústias. Ao transformar a água em vinho Jesus estava demonstrando o motivo pelo qual Ele veio ao mundo, para trazer felicidade ao nosso coração. Mas esquecemos disso quando damos mais valor as infelicidades.

Também tomamos o caminho errado ao escolher nossos amigos ou companheiros, preferimos aqueles que irão nos trazer algum benefício e deixamos de lado verdadeiros parceiros. Nos esquecemos que melhor do que ser servido é servir. E que se Deus apaga os pecados, não devemos ressuscitar os pecados do nosso próximo, mas sim, acreditar nas mudanças e ajudá-los nessas mudanças.

Seguimos dando mais valor a coisas terrenas, as quais não serão de nenhum proveito no futuro. Em outras situações engrandecemos pessoas, circunstâncias, momentos, acontecimentos ou até mesmo objetos que pouco valor ou nenhum merecem. Enfim, nos perdemos nos nossos próprios conceitos.

Necessitamos mais do que depressa rever nosso manual do bom comportamento, antes que nossa própria história se perca. Sugiro que comecemos estudando a vida de Jesus, o homem que transformou o mundo quebrando paradigmas do passado, do presente e do futuro.

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2).





Arina Paiva
Secretária de Comunicação da CBB

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - A oração em tempos nebulosos

A doutrina bíblica da oração
A oração após os tempos bíblicos


A oração em tempos nebulosos

Leitura diária: Salmo 4.1-8
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 117, 118 e 119.1-16

Não temos muitas notícias sobre como a igreja de Cristo cultivou o ministério da oração após os tempos bílicos. Depois que João escreveu o seu "apocalipse", o registro histórico dos caminhos adotados pela igreja vão se perder. O Evangelho iniciante havia se espalhado pelo mundo conhecido da época, saindo de seu berço na Palestina e subindo até a Àsia, a Turquia moderna, indo mesmo até as fronteiras com a Rússia de hoje, depois, derivando para o Ocidente, chegando à Europa, e flanquando oMediterrâneo, descido até a África. O contorno do Grande Mar estava cercado pelos núcleos formadores da igreja de Cristo.

Alguns registros existem de que chegou mesmo até a Índia, China e Japão, mas sem que possamos abstrair desses reduzidos dados históricos, qualquer informação mais precisa como se comportava a igreja em sua devoção, cultos e especialmente, no ministério da oração.

Os chamados "pais da igreja", Tertuliano, Clemente, Inácio, Policarpo, por certo, pelo que a História consegue nos transmitir procuraram passar à igreja em crescimento as noções de espiritualidade e vida santa que se deveria requerer dos crentes em Cristo. Muitos foram perseguidos e morreram mesmo, por esta causa, como por exemplo Policarpo, que foi sacrificado por sua fé.


A verdade absoluta que podemos retirar desse contexto é que somente pelo poder da oração a arma primeira e última do crente para enfrentar a adversidade é que a igreja conseguiu sobreviver a esses tempos difíceis chegando aos nossos tempos. Sem dúvida, os salmos que eram mais conhecidos e cantados por alguns grupos de cristãos, representavam para eles o caminho para o encontro da paz em Cristo. Davi, com o Salmo 4, por exemplo, deve ter inspirado muito os pioneiros:

"Responde-me quando eu clamar, ó Deus da minha justiça!Na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração" Sl 4.1

Foi orando desta forma, que a igreja subsistiu naqueles tempos difíceis, em
que os líderes da igreja não tinham como estar junto ao rebanho.



Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, o privilégio de mesmo na pior situação de vida que esteja atravessando, poder vislumbrar a tua bênção sobre mim.

domingo, 26 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração representada

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos dos apóstolos

Uma oração representada



Leitura diária: Hebreus 12.12-14
Leitura da Bíblia em um ano: Gálatas 4 a 6 e Efésios 1 e 2

Para encerrar esta semana de meditações nos ensinos apostólicos sobre a oração, voltamos à carta aos hebreus que foi onde começamos na segunda-feira passada.

Ali vimos o sublime capítulo em que o escritor da carta nos conclama, a todos nós, a termos a necessária ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, onde somente o Sumo-Sacerdote ali entrava, uma vez por ano apenas, para levar a expiação pelos pecados de todo o povo. Conforme lemos ali, agora todo o crente tem livre acesso para orar, falar com o Pai, confessar os seus pecados, pedir o perdão para eles e, a seguir, dispor-se a uma nova dia diante do Senhor.

No texto de hoje, é como se o escritor da carta estivesse se colocando em oração diante do Senhor, fazendo com o texto que escreve, uma viva representação do ato de orat diante do Pai (v.12,13):

"Portanto, levantai as vossas mão cansadas, e os joelhos vacilantes, e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que é manco, não se desvie, antes seja curado."

Observem, mais uma vez, a vinculação do ato de orar (levantai as vossas mãos e dobrai os vossos joelhos), e sua estreita vinculação a uma vida de retidão diante do Pai (fazei veredas direitas). Ou seja, a oração não se faz sem que haja uma atitude positiva de vida.

O escritor sacro, no entanto, vai um pouco mais além, mostrando inclusive, qual seria o rumo destas "veredas direitas"(v.14):

"Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá a Deus."

Uma vida de oração, leva, sem dúvida, aquele que a pratica e a exerce no seu dia-a-dia, com sinceridade de coração e submissão a Deus, a um viver onde a paz estará presente em todos os seus relacionamentos, trazendo por conseguinte, a formação de uma vida de integridade na presença do Senhor.




Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, a felicidade de sentir-me sendo usado por ti, para que a paz e a santidade façam parte constantes do meu dia-a-dia.

sábado, 25 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração de esperança eterna

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos dos apóstolos


Uma oração de esperança eterna

Leitura diária: Judas 20-25
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 114, 115 e 116


Estamos chegando ao final da semana e fica-nos faltando apenas um apóstolo para verificar se dentre os que deixaram seus escritos para a revelação do plano de Deus, todos, mencionaram algo sobre a oração.


Já vimos os ensinos de Paulo, durante uma semana, e depois dia-a-dia, Pedro, João, Tiago e Judas, o outro irmão de Jesus Cristo que, depois de sua morte, tornou-se seguidor, discípulo, e, finalmente, apóstolo. Pelo que podemos verificar no texto acima indicado, ele também ensinou sobre a oração (v.20,21):


"Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna."


O primeiro ensinamento que podemos retirar desses dois pequenos versículos é que o edifício de nossa fé cristã se erige sobre o alicerce da oração. Sim, porque oração é a fé exercitada... É a fé dinâmica e ativa. Aquela que cresce e progride. Há crentes que têm apenas a fé salvadora, ou seja, a fé no sacrifício remidor de Cristo Jesus. Depois deste passo, nada mais acrescentam ao fundamento. É uma fé inativa e sem perspectivas. Serve apenas como porto seguro ao qual o viajante chega, mas do qual nunca mais parte em demanda a outros mares.


O segundo ensinamento é que a oração há que ser sempre feita pelo crente em consonância com o Santo Espírito de Deus que nele habita. Há orações que são belas peças oratórias, mas não são oração, verdadeiramente. São palavras ao vento, expressões para impressionar o auditório, mas que do seu teto não passam.O carimbo que marca e autentica uma oração como verdadeira oração, é aquele que é manipulado pelo Espírito de Deus que fala ao coração daquele que ora.


O terceiro ensinamento que podemos retirar do texto é que esta dualidade, primeiro da fé que se edifica e, segundo, por obra da oração conduzida pelo Espírito de Deus na vida do crente, vai levá-lo, naturalmente, a uma vida onde o amor do Pai estará presente nele e onde a esperança da vida eterna se manifestará sempre, pela misericórdia do Senhor que nos livra do mal.




Oração para o dia: Concede-me, Senhor, a bênção de ter uma fé que não se estabilize apenas na graça da salvação, mas que me leve a crescer mais e mais no teu serviço.

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração de libertação

A doutrina bíblica da oração
A oração após os tempos bíblicos


  Uma oração de libertação

Leitura diária:
Salmo 42.1-11
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 119.161-176, 120 e 121

Sim, foi isto que aconteceu com a igreja cristã. Liberta das amarras da igreja oficial, embora esta vá reagir com a Inquisição se tornando mais intensa, perseguindo, torturando e matando mesmo os crentes que se declaravam fiéis a esta nova existência na presença de Deus, sem a necessidade de um tutor, o fato verdadeiro é que os crentes vão passar a ter livre acesso ao Pai.

A Bíblia não está mais trancada nos monatérios e conventos... O seu texto já não está mais restrito a uma língua que muitos consideravam "morta". Ela agora podia ser lida e pregada no idioma de cada povo. Com isto, as idéias reformistas foram se desenvolvendo e os novos tempos chegaram.


Digamos que o texto do salmo 42 inspirou a todos aqueles que viveram esta época, como uma oração coletiva que se alastrava pelo mundo:


"Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo". Sl 42.1,2

Assim, a vida cristã passou a ter um novo patamar. Aquele viver monitorado pelo clero, que tanto católico como protestante, ditavam normas e cobravam indulgências, foi ficando no passado e a igreja cristã ganhou ares mais liberais, permitindo ao crente que ele mesmo, se tornasse mentor de sua vida santa e separada. Em contato direto com o Pai, ele podia orar para pedir, agradecer, interceder. A "reza" oficial vai perdendo seu efeito, ficando a critério de cada pessoa, em decorrência do seu maior e melhor relacionamento com o Pai, fazer a sua oração de fôro íntimo, sem os ditames de uma prece decorada.

O crente, passou a dirigir-se diretamente ao Pai, levando a ele todo o seu sentir e querer. Os versículos finais do salmo testemunham o sentimento que deve ter inspirado a muitos crentes do passado, nas orações que pronunciavam em face das dificuldades e contrariedades da vida: "Por que estás abatida, ó minha alma, e porque te perturbas dentro de mim? Espera em Deus... Ele que é o meu socorro e o meu Deus." Sl 42.1,2




Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, esta mesma disposição do salmista em estar na tua presença, para rogar por teu amor e agradecer a bênção recebida.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Oração e a certeza de sua resposta

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos dos apóstolos


Oração e a certeza de sua resposta

Leitura diária: 1João 3.21-24
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 111, 112 e 113


O apóstolo João em outro trecho de sua carta primeira, já havia abordado o assunto sobre o poder da oração. Foi no capítulo 3, quando escrevendo sobre a "manifestação dos filhos de Deus", menciona algo novamente a respeito do poder da oração.

É interessante verificar a associação que o apóstolo faz novamente entre o ato de orar e a vida santa na presença de Deus e vivida segundo a sua vontade. Neste texto ele menciona pela vez primeira este fato, de forma muito semelhante a quando o faz pela segunda vez no capítulo 5, que ontem tratamos aqui:

"Amados, se o coração não nos condena, temos confiança para com Deus; e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista" 1Jo 3.21,22

Assim, fica claro que para a existência de uma vida de oração autêntica e eficaz para o crente, é indispensável que seu viver esteja em consonância com a vontade do Senhor. Quando o apóstolo repete aqui e ali que "esta é a confiança que temos nele", o que ele está nos dizendo é que se temos consciência de que a nossa vida é efetivamente santa e pura, podemos ter a certeza de que ele vai nos ouvir, conforme afirma em 5.14,15 que ontem lemos, porém, mais ainda: teremos a convicção que receberemos dele a resposta à nossa oração, conforme lemos no texto de hoje.

O que deve ficar claro para nós, é que esta certeza "que dele receberemos", não é um aval de que todos os nossos pedidos serão atendidos sempre pelo Senhor. Não! Não entendamos assim, de maneira simplista e favorável ao nosso pedido. Isto porque, a condicionante preliminar e básica para todo este processo da resposta de Deus à nossa oração, está contida no texto do versículo 14 do capítulo 5, quando o apóstolo menciona claramente que "se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve." Ou seja, o fato de ter ouvido não quer dizer que nos atenda, mas sim, que, segundo a sua vontade e soberania, ele nos atenderá ou não.




Oração para o dia: Concede-me, Senhor, o espírito de submissão à tua vontade, sabendo quer por melhor que viva santamente, isto não quer dizer que serei em tudo atendido.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma palavra sobre o poder da oração

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos dos apóstolos


Uma palavra sobre o poder da oração

Leitura diária: 1João 5.14-21
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 108, 109 e 110


O escritor da carta aos hebreus, bem como Tiago e Pedro, já nos trouxeram algum ensinamento sobre o ministério da oração. Pois bem, além deles, temos também do apóstolo João, o apóstolo do amor, pelo menos dois momentos em que ele, em sua primeira carta, nos escreve mui oportunamente, sobre a vida de oração que devemos ter como crentes em Cristo.

O primeiro, e mais ilustrativo, é o que separamos para a nossa leitura de hoje, quando o apóstolo fala sobre a eficácia da oração. Ele é bastante enfático ao declarar sobre a fé que devemos ter quando pedimos algo em oração:


"E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve." 1Jo 5.14


Ou seja, todo crente deve ter esta convicção em seu coração quando ora ao Senhor: - Ele está sempre nos ouvindo. Se cremos nele, ele tem a sua "escuta" ligada aos nossos corações de forma que sabe, antes que peçamos, aquilo, de que estamos precisando ou requerendo. Como crentes da nova dispensação, devemos saber, como Daniel, em pleno AT aprendeu, conforme declarou-lhe um anjo do Senhor, "que enquanto ele ainda estava falando na oração... no princípio das suas súplicas, Daniel, saiu a sua ordem", istoé, o Senhor se antecipa aos nossos desejos, na medida em que eles sejam, realmente, resultantes da vontade do Senhor sendo feita em nossos corações.


Mas, o apóstolo do amor prossegue ainda, inspirando-nos mais ardor e segurança em nossa vida de oração, pela afirmativa que nos traz no versículo seguinte (1Jo 5.15):


"E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos as coisas que lhe temos pedido."


Por isso é que devemos ter sempre a maior reverência nos momentos de oração: - Afinal de contas ele nos garante, tanto o ouvir, quanto o retribuir.




Oração para o dia: Concede-me, Senhor, o privilégio de desfrutar desta certeza de tua resposta à minha oração, tornando-me mais e mais fiel à tua vontade.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração autêntica

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos dos apóstolos


Uma oração autêntica

Leitura diária: 1Pedro 2.1-10
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 105, 106 e 107

Pedro vivia esta época de Tiago e também da escritura da carta aos hebreus que já vimos também.Esta era uma época de afirmação da igreja cristã nascente em contradição ainda aos princípios basilares da fé judaica, que os judeus conversos ao cristianismo tinham dificuldade em entender.

Eram tempos difíceis que requeriam dos apóstolos remanescentes, continuadores da obra de Cristo, muita persistência em exortar e ensinar, batendo sempre em teclas que já haviam sido repisadas pelo próprio Cristo e por Paulo, mas que os crentes judeus, tinham relutância em aceitar ou entender, estigmatizados que foram pelo passado da tradição judaica que haviam herdado.

Pedro vai então bater nesta tecla, de uma forma muito poderosa e incisiva. Digamos que depois da ordem da carta aos hebreus, orientando os crentes judeus a "com ousadia" entrarem no templo da oração, é esta declaração de Pedro a mais forte conclamação ao povo judeu, sobre o novo patamar que eles haviam alcançado, não mais apenas por ter sido o povo escolhido por Deus no passado do AT, mar por ter sido o povo batizado por Cristo em sua morte no Calvário.

Sua palavra é muito positiva e está registrada nos vesículos acima de uma forma que diríamos crescente em intensidade. Começa por indicar que deviam os crentes, deixar toda a "malícia e o pecado"... que deviam chegar-se para próximo de Cristo e seus ensinos... que deviam entender que agora eles eram também edificados como "casa espiritual", e que, por tudo isto, deveriam a partir de então, com coragem e resolução assumir a sua real posição, ou seja:

"Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" 1Pd 2.9

Uma dessas "grandezas" da vida cristã a que Pedro se refere, é, sem dúvida, a certeza de que a partir deste momento, todo judeu converso ou gentio convertido, poderiam ter livre trânsito para falar com o Pai, por meio do sacrifício redentor de Cristo Jesus e pela intermediação do seu Santo Espírito.




Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, desfrutar desta intimidade que posso ter contigo, por meio da oração.Faze-me um crente que viva sempre em conexão contigo.


Oração para o dia: Concede-me, Senhor, um coração grato a ti. Grato de tal forma, que em cada oração, eu testemunhe a ti o meu muito obrigado pelo que fazes por mim.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Smilinguido


A eficácia da oração


alt
“E aconteceu que, naqueles dias, subiu Jesus ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos” (Lucas 6.12,13).

Os relatos neo-testamentários evidenciam de maneira piramidal o enfoque que Jesus evidenciava à oração. Mas o que precisamente entende-se por oração? Oração, em primeiro lugar, não é uma reza. Apesar de as palavras serem sinônimas, no entanto não são coisas idênticas. Enquanto a reza é algo repetitivo, isto é, segue o mesmo padrão em sua forma e estilo, a oração não. Oração é um conversar com Deus. É expor de maneira espontânea, sincera o que queremos com Deus, de Deus e o quanto podemos lhe agradecer por todas as coisas que nos sucedem, sejam boas, imprevisíveis ou desagradáveis.

Um exemplo assaz esclarecedor que podemos apresentar: a lei de número 704 (fictícia), reza: é proibido pisar na grama. Tal reza sempre será a mesma, não muda. Jesus é o nosso padrão de virtude, de conduta, de submissão a Deus. Se Jesus, sendo Deus, orava ao Pai para tomar uma decisão, quem somos nós para fazer diferente? Uma oração feita por um filho de Deus movimenta o mundo espiritual, tanto o da luz como o das trevas.

Daniel, profeta do velho testamento, quando recluso no reino da Babilônia, juntamente com o seu povo, começou a orar a Deus para libertação de Israel. Teve como resposta angelical à sua oração: “No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; toma, pois, bem sentido na palavra e entende a visão” Daniel 9.23. (Leia, prezado leitor, todo o livro do profeta Daniel e você constatará o que uma oração feita por um servo de Deus pôde fazer com uma potência mundial de então!). Em outra passagem de Daniel lemos: “Então, me disse: não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia, em que aplicaste o teu coração a compreeender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras” Daniel 10.12.

Veja bem, Daniel mudou o rumo de uma nação com suas orações! E você, meu querido leitor, pode também mudar o histórico de sua vida se sinceramente orar a Deus. Talvez, nesse exato momento, você esteja passando por uma situação difícil, uma angústia, uma enfermidade, uma dívida, um problema existencial! Você já orou a Deus? Você já conversou com Deus a respeito desse assunto? Tenha um encontro com Deus!

Observe o que o profeta Jeremias, sendo boca de Deus, expressa: “Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29.11-13). Experimente, eu desafio você orar a Deus. Jesus nos incita, dizendo: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14.13).

Que Deus te abençoe! Amém!


Carlos Alberto Pereira - Pastor da PIB em Três Marias – MG

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração para cura

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos dos apóstolos


Uma oração para cura


Leitura diária: Tiago 5.7-20
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 102, 103 e 104


Tiago, o apóstolo, irmão carnal de Jesus, o pastor da primeira igreja que se constituía em Jerusalém vai nos trazer em sua carta, um sublime exemplo sobre o poder da oração feita com fé, por parte de qualquer crente, membro de uma igreja de Cristo, uma comunidade dos salvos, em qualquer lugar que ela se reuna.

Sua escrita é muito clara sobre o dever da igreja em orar e sobre o poder desta oração na vida do crente:

"Está aflito alguém entre vós? Ore. Está alguém contente? Cante louvores. Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados" Tg 5.13-15

O apóstolo, porém, vai mais longe ainda em seu ensino sobre a oração:


Ela não deveria ser usada pela igreja apenas como uma medida terapêutica para aqueles que estariam enfermos fisicamente ou adoentados espiritualmente, para serem curados pela fé, do mal físico ou do vício do pecado.


Não! Havia algo mais ainda que a oração poderia fazer e o apóstolo testemunha então a este respeito quando nos afirma que ela poderia contribuir para a criação de um sentimento de harmonia e comunhão cristã de grande valor espiritual para todos:


"Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação" Tg 5.16


Com esta frase final, o apóstolo põe um ponto final na questão de quem deve orar ou não orar. Todo crente em Cristo pode fazê-lo. Desde que justificado pelo sangue de Cristo derramado por ele na cruz do calvário, ele pode ter acesso ao Pai, pois está escrito: "a oração do justo pode muito em seu efeito".




Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, esta convicção e certeza de que quando estou orando, eu o estou fazendo, porque fui justificado pelo teu sangue na cruz do calvário.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Oração, uma atitude ousada

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos dos apóstolos


Oração, uma atitude ousada

Leitura diária: Hebreus 10.19-25
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 99, 100 e 101

Depois de termos visto nessas duas últimas semanas como o ministério da oração foi se inserindo dentro da prática e eclesiologia da igreja cristã nascente e na vida dos seus integrantes, em conformidade aos ensinos de Cristo e de Paulo, vamos ver agora como os demais apóstolos se posicionaram em relação a esta doutrina que se tornaria na coluna mestra da estrutura de fé da igreja cristã, a oração.

Comecemos por uma carta da qual não sabemos bem quem teria sido o seu autor, embora algumas suposições possam ser feitas. Também não sabemos quando a carta aos hebreus foi escrita. Da mesma forma como procedemos quanto à sua autoria, só podemos fazer alguma ilações a respeito da época de sua escritura. Por exemplo, em função, de não haver menção à queda e destruição de Jerusalém que ocorre nos anos 70, o que teria que ser citado, sendo como é, uma carta escrita para os judeus conversos, indicam os estudiosos que podemos supor que foi escrita antes desta época.

O fato, é que ela contém um texto que representa muito bem, aquilo que o povo judeu, educado que fora segundo a mais rigorosa tradição judaica, deveria pensar a respeito da oração. Ou seja, isto era algo destinado para a prática por alguns privilegiados. Os sacerdotes, alguns levitas mais destacados, os homens do Sinédrio, talvez. O povo, este nunca teria condição de aspirar o falar com Deus. Era algo impossível para o povo judeu mais simples que teria sempre que esperar um intermediário que orasse por ele.

Pois bem, o escritor desta carta vem ao encontro desta forma de pensar, quando expõe claramente que era um ato de ousadia, o falar com Deus (10.19,22):

"Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo... cheguemo-nos com verdadeiro coração em inteira certeza de fé."


Sim, agora o véu não nos separa mais da presença do Senhor. O sacerdote não precisa ali entrar uma vez por ano. Eu posso fazê-lo sempre que quiser.




Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, esta certeza e esta convicção de que posso separar em meu lar, um santíssimo lugar para estar sempre em oração contigo.

Labirinto...

I CONGRESSO DOS DIÁCONOS BATISTAS DAS AMÉRICAS

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domingo, 19 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração de poder

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos de Paulo


Uma oração de poder

Leitura diária: Colossenses 3.1-17
Leitura da Bíblia em um ano: 2Coríntios 12 e 13 e Gálatas 1 a 3

A galeria dos ensinos de Paulo sobre a oração, encerra-se com esta recomendação, para que o poder de Deus seja incorporado na vida dos crentes em Colossos, por meio da oração. É assim que ele encerra os seus conselhos:

"E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças ao Deus Pai" Cl 3. 21

Esta recomendação final do apóstolo vem depois de nove conselhos a respeito da vida cristã que deviam adotar os crentes colossenses e nós hoje, para evitarmos a presença do pecado em nosso dia-a-dia (3.1,11):


1. Vidas espirituais: "Buscai as coisas que são de cima...
2. Vidas de meditação e reflexão: "Pensai nas coisas que são de cima...
3. Vidas de certezas: "A vossa vida está escondida com Cristo em Deus...
4. Vidas de esperança: "Quando Cristo se manifestar, vós também, na glória...
5. Vidas de renúncia: "Exterminai... a impureza... a avareza... as paixões...
6. Vidas diferenciadas: "Despojai-vos da ira... coléra...malícia...
7. Vidas de retidão: "Não mintais uns aos outros...
8. Vidas de renovação: "Vos vistais do novo homem que se renova...
9. Vidas de igualdade: "Não há grego nem judeu... Cristo é tudo em todos. O apóstolo porém vai mais longe, mostrando que além dos cuidados que deveríamos ter para a preservação de nossa pureza, deveríamos adotar também alguns princípios de vida pelos quais orava, então:

"Revesti-vos, pois, de corações compassivos... de benignidade... suportandovos uns aos outros... perdoando-vos uns aos outros... revesti-vos do amor... e a paz de Cristo habite em vossos corações... e sede agradecidos... louvando a Deus com gratidão em vossos corações." Cl 3.12,17


Que cada um de nós possamos orar com esta disposição que o apóstolo nos ensina, para buscarmos o poder do alto para o nosso viver.



Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, o desejo interior de sempre orar pedindo para que o teu poder se manifeste em minha vida, de forma a mudar o meu ser para melhor.

sábado, 18 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração comprometida

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos de Paulo


Uma oração comprometida

Leitura diária: Efésios 5.15-21
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 96, 97 e 98

O texto que temos para nossa leitura é bem didático e instrutivo em matéria de vida cristã. Paulo começa a se aproximar do final da carta e resolve dar alguns conselhos sobre a atitude de vida que os efésios como crentes em Cristo deveriam tomar. Ele deseja que aquela igreja seja uma igreja cujos membros tenham um compromisso com o Senhor Jesus Cristo.

Para isto, ele exorta, primeiramente:

"Portanto vede diligentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, usando bem cada oportunidade... não sejais insensatos... não vos enbriagueis com o o vinho... enchei-vos do Espírito... falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais..." Ef 5.15,19

Para que isto aconteça, ele pede, então, que a igreja ore:

"Sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo" Ef 5.20,21

O que Paulo nos está ensinando é que a nossa oração seja compromissada com o Senhor Deus. Não podemos orar ao Pai, pedindo por isto ou aquilo, rogando esta ou aquela bênção, intercedendo por esta ou aquela situação ou pessoas, sem que a nossa vida cristã esteja condizente com o espírito da oração.

Como orar em fluxo livre e direto ao Pai, se a nossa vida não está em acordo com os seus ensinamentos, sua verdade, sua vontade. No trânsito, quando queremos ir a determinados lugares, precisamos pegar o fluxo regulamentar do tráfego da cidade em que nos encontramos. Não podemos ir ao encontro de nosso destino se estamos na contra-mão da via em que dirigimos. Tal ação só nos poderá levar ao desastre iminente. Precisamos corrigir o nosso rumo para chegar ao alvo.

Assim deve ser com a nossa oração. Se queremos orar, devemos estar na mão da direção que nos leva ao Pai, ou seja, comprometidos com ele em nosso viver.




Oração para o dia: Concede-me, Senhor, a disposição de espírito forte e destemida, para viver na tua presença, podendo assim orar, pois estou sempre em conexão contigo.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração intercessória

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos de Paulo


Uma oração intercessória

Leitura diária:
Efésios 3.14-21
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 93, 94 e 95

O apóstolo vai nos ensinar nesta carta aos efésios que devemos orar pelos nossos amigos, vizinhos, irmãos, familiares, enfim, por todas as pessoas que de alguma forma estão ligadas ao nosso dia-a-dia, mais ou menos próximos.

Muitas vezes nos tornamos um tanto egoistas em nossas orações. Elas se referem aos nossos problemas, aos nossos esforços, aos nossos interesses, à nossa saúde, enfim, a tudo aquilo que diz respeito mais de perto a algo que nos envolve ou toca a nossa mente e intelecto.

Paulo escrevendo aos efésios, vai nos dar uma lpição sobre a oração intercessória. Com o texto de hoje estamos verificando como o crente deve ter o coração aberto para interceder, no exemplo que ele nos dá, interrompendo a sua carta, para fazer uma oração pelos seus amigos de Éfeso.

Todos sabemos da afinidade que tinha Paulo com aquela igreja. Afinal de contas, fora a cidade onde passara mais tempos em suas viagens. Se com Corinto ele tinha este cuidado também, pois passara ali cerca de um ano e meio, embora com problemas com alguns irmãos da igreja, em Éfeso ele passou cerca de 3 anos e parece-nos que as recordações dos irmãos daquela cidade da Ásia eram mais agradáveis ao apóstolo do que as lembranças das questúnculas em Corinto. Daí, orar ele, de maneira tocante e dramática, mesmo (v.14,16): "Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai... para que segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior"


Mas, além de pedir pelo vigor espiritual daquela igreja, o apóstolo vai mais além é faz uma oração de sublime intercessão pelos efésios, por mim e por você, vinte séculos depois:

"Que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor... possais compreender... e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento." Ef 3.17,19

E, para finalizar, ainda roga para que "cheguemos à inteira plenitude de Deus".




Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, o dom de interceder pelos meus amigos, parentes, pastor, igreja, trabalho. Que eu me lembre sempre de orar pelos outros também.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração de livramento

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos de Paulo


Uma oração de livramento

Leitura diária:
2Coríntios 1.3-11
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 90, 91 e 92


Nesta segunda carta aos coríntios Paulo não precisa começar como o fez na anterior, dando graças a Deus pelos crentes daquela igreja. Pouco tempo o separava daquela primeira carta e no intervalo entre ambas, muitas situações adversas ocorreram na vida do apóstolo, e mesmo daquela igreja, razão pela qual ele inicia esta carta com uma oração em que expõe o livramento que o Senhor lhes concedera.


- Para isto, ele começa glorificando a Deus por sua misericórdia e amor:"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação";
- Logo a seguir, exalta a resultante desta misericórdia de Deus, colocando cada crente como membro desta cadeia de consolo e conforto ao coração do aflito: "Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus";
- Para a seguir evidenciar que a tribulação na vida do crente tem uma função de aperfeiçoamento e de integração do corpo de Cristo, a igreja: "Porque como as aflições de Cristo transbordam para conosco... assim também por meio de Cristo transborda a nossa consolação... Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação... a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos."


Isto ele expõe dos versículos 3 ao 7, para então citar os momentos adversos que enfrentara em sua viagem pela Ásia, mencionando, para alguns comentaristas os momentos adversos que enfrentara em Êfeso, onde segundo escreveu foi colocado diante das feras,(1Co 15.32), para então afirmar que em tudo isto, ele e os crentes deveriam sempre confiar no socorro do Senhor:


"... para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos; o qual nos livrou de tão horrível morte, e livrará; em quem esperamos que também ainda nos livrará " 2Co 1.9,10


Para então afirmar o quanto esta oração é essencial para a igreja, o corpo de Cristo: "ajudando-nos também vós, com orações por nós" (v.11).




Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, um coração caridoso de forma que possa sempre voltar-me para solidarizar-me com os problemas de amigos e irmãos, ajudando-os.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração autêntica

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos dos apóstolos


Uma oração autêntica

Leitura diária: 1Pedro 2.1-10
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 105, 106 e 107

Pedro vivia esta época de Tiago e também da escritura da carta aos hebreus que já vimos também.Esta era uma época de afirmação da igreja cristã nascente em contradição ainda aos princípios basilares da fé judaica, que os judeus conversos ao cristianismo tinham dificuldade em entender.

Eram tempos difíceis que requeriam dos apóstolos remanescentes, continuadores da obra de Cristo, muita persistência em exortar e ensinar, batendo sempre em teclas que já haviam sido repisadas pelo próprio Cristo e por Paulo, mas que os crentes judeus, tinham relutância em aceitar ou entender, estigmatizados que foram pelo passado da tradição judaica que haviam herdado.

Pedro vai então bater nesta tecla, de uma forma muito poderosa e incisiva. Digamos que depois da ordem da carta aos hebreus, orientando os crentes judeus a "com ousadia" entrarem no templo da oração, é esta declaração de Pedro a mais forte conclamação ao povo judeu, sobre o novo patamar que eles haviam alcançado, não mais apenas por ter sido o povo escolhido por Deus no passado do AT, mar por ter sido o povo batizado por Cristo em sua morte no Calvário.

Sua palavra é muito positiva e está registrada nos vesículos acima de uma forma que diríamos crescente em intensidade. Começa por indicar que deviam os crentes, deixar toda a "malícia e o pecado"... que deviam chegar-se para próximo de Cristo e seus ensinos... que deviam entender que agora eles eram também edificados como "casa espiritual", e que, por tudo isto, deveriam a partir de então, com coragem e resolução assumir a sua real posição, ou seja:

"Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" 1Pd 2.9

Uma dessas "grandezas" da vida cristã a que Pedro se refere, é, sem dúvida, a certeza de que a partir deste momento, todo judeu converso ou gentio convertido, poderiam ter livre trânsito para falar com o Pai, por meio do sacrifício redentor de Cristo Jesus e pela intermediação do seu Santo Espírito.
 
Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, desfrutar desta intimidade que posso ter contigo, por meio da oração.Faze-me um crente que viva sempre em conexão contigo.

Oração para o dia: Concede-me, Senhor, um coração grato a ti. Grato de tal forma, que em cada oração, eu testemunhe a ti o meu muito obrigado pelo que fazes por mim.

Juventude

por Redação JBB
Sex, 03 de Agosto de 2012 12:22
altOs jovens sempre serão os catalisadores das grandes mudanças. Em qualquer época, geração ou sociedade transforma idéias e modificam comportamentos.
O Brasil está no momento único da sua história, não somos mais o país do futuro, já somos o país do presente.

Junto com esse novo país existe uma nova geração. Pensando nisso, vamos compartilhar nessa edição do Paixão Pela Juventude, sobre PAIXÃO, MUDANÇAS, MOVIMENTOS, HISTÓRIAS E DESAFIOS que envolvem a juventude evangélica brasileira.
Queremos auxiliar a liderança no desenvolvimento de um ministério eficaz e contextualizado. Incentivar a comunhão, compartilhamento de idéias, debates, inspiração e estímulo entre líderes de juventude nas regiões do Brasil.
Os 5 pilares do Paixão Pela Juventude 2012:

PAIXÃO (EMOÇÃO) – Cremos que a liderança jovem para este tempo deve ser inspirada por Deus de forma que a paixão pelo ministério jovem ajude a suportar as circunstâncias adversas em favor da sua juventude.

MOVIMENTO (AÇÃO) – Cremos que a convocação para realizar esta obra com a juventude parte do Espírito Santo que capacita a liderança para uma ação efetiva de acordo com a multiforme graça de Deus.

MUDANÇA (REAÇÃO) – Cremos que para transformar vidas o ministério com juventude deve gerar na juventude a convicção para uma reação firme e contundente aos prazeres deste mundo.

HISTÓRIA (GERAÇÃO) – Cremos que cada líder de juventude deve impactar a sua geração deixando marcas profundas na história de sua própria vida e na história de vida das pessoas alcançadas pelo seu ministério.

DESAFIO (POSIÇÃO) – Cremos que cada líder de juventude deve impactar a sua geração deixando marcas profundas na história de sua própria vida e na história de vida das pessoas alcançadas pelo seu ministério.

Se liga onde vai rolar o “Paixão” pelas regiões do Brasil:

PPJ SUDESTE
31 de agosto a 02 de setembro – Sumaré/SP

PPJ CENTRO-OESTE
28 a 30 de setembro – Campo Grande/MS

PPJ NORDESTE
05 a 07 de outubro – São Luis/MA

PPJ NORTE
31 de agosto a 11 de novembro – Manaus/AM

PPJ SUL
23 a 25 de novembro – Curitiba/PR

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Labirinto...


MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração de louvor

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos de Paulo

Uma oração de louvor


Leitura diária: Romanos 11.33-36
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 84, 85 e 86

Eis um outro texto na mesma carta, em que Paulo vem dissertando sobre determinado assunto, no caso agora a situação do povo judeu, povo escolhido de Deus, e que diante da vinda do Messias, Jesus Cristo, se mostrava tão irredutível em suas convicções da velha dispensação que não tinha condição agora para abrir os olhos e enxergar a redenção de Israel, que Cristo trouxera ao mundo.

O assunto é bastante profundo teologicamente, tanto que ele, na tentativa de esclarecê-lo devidamente aos judeus, vem explanando sobre a supremacia da graça diante da lei em três longos capítulos: o 9 com seus 33 versículos, o 10 com seus 21 versículos, e este 11, já com 32 versículos, quando não se contendo, dá por encerrada a sua exposição, e aparentemente, pondo-se de joelhos, encerra o texto, com uma palavra de oração.

Digamos que extasiado com as revelações que vinha fazendo, mostrando a soberania de Deus e o seu amor para com todos, ressaltando o poder da graça salvadora do Pai que redimiu a toda a humanidade, por meio de Cristo, ele não se conteve e proclama uma das mais belas orações de louvor do texto bíblico:

"Ó, profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!" Rm 11.33

Diante de uma palavra tão exaltada assim sobre a grandeza dos planos de Deus para a humanidade, o apóstolo se volta para escrever dois versículos do AT, extraídos de Jó e de Isaías, para então completar a sua oração de louvor, um verdadeiro hino de ação de graças, com as seguintes palavras:

"Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!" Rm 11.36

Com esta frase que expressa a centralidade de Cristo no plano redentor do Pai, ele nos ensina que o louvor deve estar sempre presente em nossas orações.



Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, um espírito permanente de louvor em minha vida, pelas maravilhas que vislumbro da tua criação e pelas bênçãos que recebo.

Falta de conhecimento

alt“Não conhecem o caminho da paz, nem há juízo nos seus passos; as suas veredas tortuosas, as fizeram para si mesmos; todo aquele que anda por elas não tem conhecimento da paz. Por isso, o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança; esperamos pela luz, e eis que só há trevas; pelo resplendor, mas andamos em escuridão” (Isaías 59.8,9).

O texto acima (700 A.C.) retrata uma realidade da Nação de Israel, onde a injustiça social predominava, onde as trevas do desconhecimento se propalavam em contraste com o resplendor do saber. Isaías, o profeta, incumbido por Deus, tem uma mensagem de juízo. O povo deveria refletir! O povo deveria se estabelecer no prumo do conhecimento, da justiça, da caridade e da salvação no Messias que no imaginário profético se delineava para um novo tempo.

Em outro momento, Isaías proclama: “Pelo que o juízo se tornou atrás, e a justiça se pôs longe, porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser desposado; e o Senhor o viu, e foi mal aos seus olhos que não houvesse justiça” (Isaías 59.14,15). Faltava conhecimento. Outro profeta, Oséias, também pontuava: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” (Oséias 4.6).

Hoje, em nosso país, há um consenso para o erro... O portal para o ridículo, a exaltação do grotesco, o politicamente correto tem sido o ponto nevrálgico da convergência de pensamentos e condutas. A ausência do conhecimento limita nossa visão de qualidade de vida, vida esta não somente física, emocional e psicológica, mas, acima de tudo, a espiritual. Diga-se, de antemão, que o campo espiritual abarca todos os demais campos dessa vida.

E é por isso que Jesus, de forma categórica, afirma: “Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33). De igual modo hoje, devemos buscar o conhecimento de Deus! O profeta Oséias proclama: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor: como a alva, será a sua saída; e Ele a vós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra” (Oséias 6.3).

Meu prezado leitor, procure conhecer a Deus! E como conhecer a Deus? Conhecemos a Deus por intermédio de Seu Filho Jesus Cristo! Jesus afirmou para Tomé e para os demais discípulos: “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis e o tendes visto” (João 14.7). Esse conhecimento se concretizará quando você O confessar como Seu Senhor e Salvador!

Pastor Carlos Alberto Pereir(Presidente da PIB em Três Marias – MG)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Oração, uma atitude ousada

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - Os ensinos dos apóstolos


Oração, uma atitude ousada

Leitura diária: Hebreus 10.19-25
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 99, 100 e 101

Depois de termos visto nessas duas últimas semanas como o ministério da oração foi se inserindo dentro da prática e eclesiologia da igreja cristã nascente e na vida dos seus integrantes, em conformidade aos ensinos de Cristo e de Paulo, vamos ver agora como os demais apóstolos se posicionaram em relação a esta doutrina que se tornaria na coluna mestra da estrutura de fé da igreja cristã, a oração.

Comecemos por uma carta da qual não sabemos bem quem teria sido o seu autor, embora algumas suposições possam ser feitas. Também não sabemos quando a carta aos hebreus foi escrita. Da mesma forma como procedemos quanto à sua autoria, só podemos fazer alguma ilações a respeito da época de sua escritura. Por exemplo, em função, de não haver menção à queda e destruição de Jerusalém que ocorre nos anos 70, o que teria que ser citado, sendo como é, uma carta escrita para os judeus conversos, indicam os estudiosos que podemos supor que foi escrita antes desta época.

O fato, é que ela contém um texto que representa muito bem, aquilo que o povo judeu, educado que fora segundo a mais rigorosa tradição judaica, deveria pensar a respeito da oração. Ou seja, isto era algo destinado para a prática por alguns privilegiados. Os sacerdotes, alguns levitas mais destacados, os homens do Sinédrio, talvez. O povo, este nunca teria condição de aspirar o falar com Deus. Era algo impossível para o povo judeu mais simples que teria sempre que esperar um intermediário que orasse por ele.

Pois bem, o escritor desta carta vem ao encontro desta forma de pensar, quando expõe claramente que era um ato de ousadia, o falar com Deus (10.19,22):

"Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo... cheguemo-nos com verdadeiro coração em inteira certeza de fé."


Sim, agora o véu não nos separa mais da presença do Senhor. O sacerdote não precisa ali entrar uma vez por ano. Eu posso fazê-lo sempre que quiser.




Oração para o dia:
Concede-me, Senhor, esta certeza e esta convicção de que posso separar em meu lar, um santíssimo lugar para estar sempre em oração contigo.

CONGREÇO PARA ESPOSAS DE PASTORES

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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - O lugar da longa oração

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - De João a Jesus

O lugar da longa oração


Leitura diária: Lucas 6.12-16
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 57, 58 e 59

Em geral, as orações longas nos cansam. Em determinados cultos, principalmente os de ações de graças por bênçãos e vitórias alcançadas, as pessoas chamadas a orar se estendem um pouco mais, rememorando fatos e eventos, como se o Senhor não os conhecesse, levando minutos em orações públicas, com a congregação em pé, cansando-se do muito ouvir.Quando as orações são realmente inspiradas, o tempo passa rápido que nem percebemos, mas quando se tornam repetitivas e sem verdadeira comunhão, deixam de ser oração para serem uma espécie de exposição oral da parte de alguém a respeito de um determinado assunto, às vezes, até bem intencionado.

O que nós precisamos compreender é que a oração longa, não é necessariamente uma oração de uma via só. O que Cristo fez no texto que estamos lendo nos ensina isto (Lc 6.12,13):

"Naqueles dias retirou-se para o monte a fim de orar; e passou a noite toda em oração a Deus. Depois do amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles.


Sim, a oração deve ser longa, nos momentos a sós em que falamos com o Senhor aquilo que nos compete, e damos a ele o tempo também para nos responder, para falar conosco. Não é somente a nossa fala, mas também a fala de Deus aos nossos corações. Muitas vezes nossas orações em vez de serem um diálogo com o Senhor, tornam-se em um monólogo apenas, onde alguém fala e fala todo tempo, sem dar oportunidade ao interlocutor de responder ou ponderar algo.

Aliás, o lugar da longa oração, como intitulamos hoje nossa reflexão, deve ser sempre o da oração a sós. Como foi com Cristo, que passou a noite toda no monte a orar, falando com o Pai e por certo, aguardando que o Pai lhe respondesse, orientando-o nisto ou naquilo, a respeito dos discípulos que iria escolher. Já imaginaram o quanto de tempo deve ter custado a menção do nome de Judas Iscariotes, para enfim, chegarem Pai e Filho à conclusão que para se cumprisse a profecia era necessário que ele fosse um dos escolhidos.




Oração para o dia:
Usa-me, Senhor, para saber dialogar contigo.Que em meus momentos de oração eu tenha sempre tempo para ouvir a tua voz falando-me ao coração.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Uma oração solitária

A doutrina bíblica da oração
A oração no NT - De João a Jesus



Uma oração solitária


Leitura diária: Marcos 1.29-37
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 54, 55 e 56
O momento era muito bom para o Mestre. Ele iniciava o seu ministério em Cafarnaum à beira do Mar da Galiléia e estava sendo muito bem recebido por todos.

Chamou alguns de seus discípulos e os conquistara para o seu lado.

Na sinagoga daquela cidade, "todos se maravilhavam" da doutrina e da autoridade com que falava, realizando ainda ali, um dos seus primeiros milagres, a cura do endemoninhado da cidade.

Hospedado que estava na casa de Pedro, toma conhecimento da enfermidade de sua sogra, e vai até ela, curando-a do seu mal. Por esta causa, muitos doentes e enfermos, aleijados e endemoninhados lhes eram trazidos para serem curados, e ele a todos atendia.

Estando tudo correndo tão bem, como lemos no início desta narrativa de Marcos, por que Cristo iria fazer o que lemos neste trecho do Evangelho?

"De madrugada, ainda bem escuro, levantou-se, saiu e foi a um lugar deserto, e ali orava" Mc 1.35

Os discípulos sairam à sua procura, alta noite, e foram encontrá-lo solitário a orar. O que os discípulos não sabiam é que com tal atitude eles estavam tendo uma lição em seu discipulado, sobre o ministério da oração.Esta não deve ser levada ao Pai apenas nos momentos de aflição ou perigo, mas mesmo nos momentos de satisfação e alegria. Estava tudo indo tão bem em Cafarnaum, por que sair para orar a sós?... - poderiam estar indagando Simão e seus colegas.

Cristo nos ensinou também, com esta sua oração, que os seus discípulos de hoje, devem ter momentos a sós com o Senhor. Talvez nos estejamos acostumando muito à oração pública, as que fazemos nos cultos e à mesa de refeição, desprezando aqueles momentos em que a sós falamos com ele.





Oração para o dia:
Usa-me, Senhor, de forma a ter momentos de contrição e submissão na tua presença, na solitude do meu quarto ou de meu aposento íntimo.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - A oração para desafiar o mal

A doutrina bíblica da oração A oração no NT - De João a Jesus

A oração para desafiar o mal



Leitura diária:
Lucas 4.1-13
Leitura da Bíblia em um ano: Salmos, capítulos 51, 52 e 53

Uma das finalidades da vida de oração que o Senhor Jesus queria instaurar para aqueles que nele cressem, era exatamente de que o seu povo, a partir deste momento se sentisse garantido para enfrentar o pecado e o mal. Ou seja, que os crentes viessem a ter consciência que cada um deles, tinha dentro de si os instrumentos necessários para vencer a guerra contra o pecado.

Ele vai nos ensinar isto de maneira muito objetiva e direta quando no início de seu ministério vai ser levado pelo Pai, a enfrentar "vis a vis" o pecado, na pessoa de seu fundador e mantenedor, Satanás. Esta história nos é narrada por Lucas e nos impacta porque verificamos que foi o próprio "Espírito Santo" de Deus que o levou a enfrentar este momento (Lc 4.1-13): "Jesus, pois, cheio do Espírito Santo, voltou do rio Jordão; e era levado pelo Espírito no deserto,durante quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo."

O que vai acontecer neste entrevero todos nós sabemos. Durante todo este tempo em jejum e oração, o Mestre vai sentir-se fisicamente enfraquecido pela fome e sede, mas imensamente fortalecido pela comunhão que tinha com o Pai pelos dias de oração que passava no deserto.

Quando o embate se dá, por três vezes, o Diabo vai tentá-lo com suas artimanhas, mas em todos esses três momentos o Mestre se mostra vencedor, pela força espiritual que recebia do Pai em resposta às suas orações:

"Nem só de pão viverá o homem... Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás... Não tentarás o Senhor teu Deus..." Lc 4.4,8,12


Assim, narram-nos as Escrituras, que ao final destas e de outras formas de tentação, o Diabo se deu por vencido, e dali se retirou (4.13). Em três estágios da vida, Cristo nos mostrou que podemos vencer a tentação por meio da oração. Cristo nos está ensinando que a tentação material, física (fome e sede), ou a tentação moral, social (a glória terrena, a fama), ou ainda a tentação espiritual (aquela que atenta contra a pessoa de Deus), todos nós podemos e devemos levar de vencida, se nos dispusermos em oração diante do Pai.




Oração para o dia:
Usa-me, Senhor, para ser resistente à tentação do Maligno, dando-me força e alento para orar a ti quendo ele de mim se aproximar com os seus ardis.