domingo, 22 de abril de 2012

O TESTEMUNHO DOS ANTIGOS – parte III - 3/6

Aos Hebreus 11:1-2


II. O Testemunho é comprovado pelos altares que edificaram ao longo da jornada:


2. O altar da família: O pastor não consegue se impor no ministério e tampouco realizar profícuo ministério, sem a participação e apoio da família. Especialmente da esposa. Para muitos a “Mulher sem nome”, apenas esposa do pastor. Com Ebenézer não foi diferente, não poderia sê-lo. Em poucas palavras Ebenézer registra seu noivado ocorrido em Junho de 1937, fala do sogro e sua família pastoral.

“O pastor João Martins de Almeida tem sido um homem  grandemente abençoado. Possui uma fé inabalável nas promessas de Deus, e, por minha vez, tive o privilégio de solicitar-lhe a caçula Noeme Almeida, no que fui bondosamente atendido, graças ao fato de ela também querer”. A irmã Noeme foi a companheira fiel que abençoou o ministério do pastor Ebenézer. Enquanto Ebenézer pregava, Noeme tocava no velho órgão de fole. Dessa união Deus concedeu ao casal três filhos: Eneida, Enéas e Elvia, que esperamos estejam seguindo as pegadas dos pais, mediante compromisso de fidelidade com Cristo. Todos formados e bem colocados vivem sem denegrir o nome dos pais. A família do pastor, especialmente os filhos, enfrentam muitas incompreensões. Os desgastes do ministério, às vezes, afetam os filhos e os netos. Mas o desafio é olhar para Cristo, como galardoador da bendita graça, do perdão, da compreensão oriundas das misericórdias divinas. Ebenézer conseguiu  conciliar ministério, família e igreja, sem desprezar o lar.
3. O Altar do Saber: Ebenézer não se contentou com os conhecimentos adquiridos nos bancos do Seminário. Ávido por aumentar o seu cabedal cultural, aprofundou sua leitura dos clássicos e grandes escritores pátrios. Citava-os com relativa facilidade, o que tornava seus sermões e escritos  atraentes, sem pedantismo. Em artigo publicado em A Folha do Norte, de 8 de Julho se 1979, Feira de Santana, o pastor Oduvaldo Barros resume com maestria a erudição do pastor Ebenézer. “Articulista de primorosa sensibilidade, doou aos que o leem e à posteridade, os mais puros pensamentos de seu coração todo feito de graça e amor, centenas de textos que documentarão sua vida e passagem por este mundo, como homem de cultura e prendado na arte da intelectualidade, em cujos bastidores tecem verdadeiras peças literárias. Dominava com relativa facilidade o grego, e o latim como línguas matrizes, cheias de infindáveis riquezas, profundas e extensas na dissecação das verdades que encerram os termos. Valeu-lhe tamanho conhecimento para que fosse verdadeiro exegeta dos textos  sagrados, a que tanto amava e em cujas investigações se comprazia”. O romance “A gazela de Jope” é uma prova desta afirmação. Bom escritor e excelente romancista. A cultura adquirida e acumulada ao longo da vida o fez o orador que a todos agradava até mesmo aqueles que não concordavam com suas ideias.

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