terça-feira, 24 de abril de 2012

O TESTEMUNHO DOS ANTIGOS – parte 5 - 5/6

Aos Hebreus 11:1-2
5. O Altar da denominação e Fidelidade Doutrinaria: Na edição de 24 de Abril de 1958, O Jornal Batista publicou uma linda declaração de amor escrita por Ebenézer à denominação Batista. Listava detalhes da denominação Batista no Brasil. Alguns bem simples, como: “Amo saber que irmão Lazaro Jorge Camargo completou 30 anos de aniversário de batista. Fiel fruto do trabalho dos batistas letos”.

Ele amava tudo o que a denominação realizava. E conclui: “É por isso que amo a minha denominação Batista. Recuso apoio aos movimentos, aos ventos de doutrinas, às tendas curandeiras, aos espetáculos de agitação nervosa, aos grupos unionistas de todos os tipos, disfarçados ou ostensivos, aos toques de reunir sob o apelo à oração, ao avivamento, ao congestionamento espiritual, à fuga das responsabilidades definidas pela igreja. Amo a minha denominação Batista. Pena que Ebenézer foi convocado à eternidade. Ele nos faz falta. A denominação hoje carece de homens que a ame e declarem na prática esse amor. Hoje quando muitos “batistas” são dominados pela antropofagia e procuram solapar a denominação, com igrejas sem compromisso, doutrinas transgênicas, permissão e aceitação do pecado como algo normal, Ebenézer nos faz falta.
Não era amor cego ou irracional, mas amor que se dispõe a dar a vida pelo objeto amado. O amor à denominação Batista fez de Ebenézer um ortodoxo convicto. Em 12 de Março de 1959, O Jornal Batista publicou crônica de Ebenézer sobre ortodoxia. A crônica nasceu de uma declaração de um padre que mantinha coluna católica em jornal diário, aqui em Salvador. A polícia havia proibido a exibição de um filme de Brigitte Bardoo, em razão de suas cenas de nudismo. Alguns diziam Brigite hoje seria declarada santa. O padre tomou parte no debate e foi atacado. Em defesa escreveu: “Não sou moralista, mas...” Como a coluna católica tratava diariamente sobre preceitos de moral, Ebenézer aproveitou para dar-lhe uma alfinetada. Escreveu: “Um padre católico tem o dever, até profissional, de ser moralista, e mesmo não se envergonhar de ser moralista”. Ebenézer argumenta: “Ora acontece que minha posição doutrinária como batista coincide exatamente com o conceito de ortodoxia. Sou batista, porque sou ortodoxo. Sou ortodoxo porque sou batista. Não sendo ortodoxo também não sou batista. E como quero continuar batista, amo a ortodoxia, pratico a ortodoxia, defendo a ortodoxia, prego a ortodoxia. Temos também nós os batistas, o direito de continuar batistas, viver como batistas, trabalhar como batistas, sustentar doutrinas batistas, e ser conhecidos como batistas. Ortodoxia resguarda nossa autenticidade batista”.

Fidelidade doutrinária e as doutrinas esposadas pelos batistas eram para Ebenézer o oxigênio do seu viver espiritual. Ele respirava as verdades bíblicas e as defendia com ferrenha dedicação. Ebenézer faz falta na denominação hoje. Tudo isso ele fazia com profundo amor e respeito aos que não concordavam com o seu jeito de ser batista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário