“Fora das epístolas, é o único [livro] que conta a história da época apostólica primitiva, da vinda do Espírito Santo, do estabelecimento da poderosa Igreja de Jerusalém, e da expansão do evangelho até Samaria e aos confins do Império Romano”.
É evidente que não temos aqui, uma história objetiva, imparcial (se é que existe isto) apenas com o levantamento de dados porque a história da igreja primitiva é muito maior e muito mais rica que o livro de Atos nos mostra. Nas palavras de Storniolo:
“São as raízes da Igreja, ao mesmo tempo da sua existência e dos seus problemas. É a etapa intermediária, entre a atividade de Jesus e vida das comunidades que, pouco a pouco, irão formando a fenômeno que hoje temos como Igreja”.
Esta observação é muito boa porque nos relembra que Atos, também, narra os problemas da igreja da época. Vez por outra ouvimos alguém clamar por um retorno “à pureza e à simplicidade da igreja primitiva”, como se algum momento a igreja tivesse existido sem problemas internos e sem impurezas. Ananias e Safira estão no capítulo 5, e a murmuração (mais conhecida entre nós como fofoca) já surge no capítulo 6. Atos e as epístolas mostram que a igreja sempre foi um evento muito complexo e que as impurezas, tanto doutrinárias quanto morais, sempre estiveram presentes em sua vida. Não se deve pensar num evolucionismo teológico, em que a igreja saiu do estágio de uma ameba para uma vida mais complexa e mais perfeita. Os cristãos atuais não corromperam e desvirtuaram a igreja, nem a tornaram de algo simples em algo complexo. Na escolha dos doze, feita por Jesus, havia um homem chamado Judas. Os discípulos, durante o ministério terreno do Salvador, já lutavam por espaço e grandeza. A história da comunidade de Jesus é uma história de pecadores. A igreja é composta de pecadores. Numa expressão bem-humorada de Peterson:
“Nenhuma igreja jamais existiu em estado puro. É composta de pecadores. As pulgas acompanham o cachorro” .
É evidente que não temos aqui, uma história objetiva, imparcial (se é que existe isto) apenas com o levantamento de dados porque a história da igreja primitiva é muito maior e muito mais rica que o livro de Atos nos mostra. Nas palavras de Storniolo:
“São as raízes da Igreja, ao mesmo tempo da sua existência e dos seus problemas. É a etapa intermediária, entre a atividade de Jesus e vida das comunidades que, pouco a pouco, irão formando a fenômeno que hoje temos como Igreja”.
Esta observação é muito boa porque nos relembra que Atos, também, narra os problemas da igreja da época. Vez por outra ouvimos alguém clamar por um retorno “à pureza e à simplicidade da igreja primitiva”, como se algum momento a igreja tivesse existido sem problemas internos e sem impurezas. Ananias e Safira estão no capítulo 5, e a murmuração (mais conhecida entre nós como fofoca) já surge no capítulo 6. Atos e as epístolas mostram que a igreja sempre foi um evento muito complexo e que as impurezas, tanto doutrinárias quanto morais, sempre estiveram presentes em sua vida. Não se deve pensar num evolucionismo teológico, em que a igreja saiu do estágio de uma ameba para uma vida mais complexa e mais perfeita. Os cristãos atuais não corromperam e desvirtuaram a igreja, nem a tornaram de algo simples em algo complexo. Na escolha dos doze, feita por Jesus, havia um homem chamado Judas. Os discípulos, durante o ministério terreno do Salvador, já lutavam por espaço e grandeza. A história da comunidade de Jesus é uma história de pecadores. A igreja é composta de pecadores. Numa expressão bem-humorada de Peterson:
“Nenhuma igreja jamais existiu em estado puro. É composta de pecadores. As pulgas acompanham o cachorro” .
Em uma frase de Lutero, “a face da igreja é a face do pecador”. Sim, nós nos tornamos a igreja, mas nossos pecados nos acompanham. Porém, o Espírito Santo a dirige e a tem conduzido de maneira vitoriosa ao longo dos milênios, apesar de todos os desacertos dos cristãos.
O autor de Atos não se declara, mas sempre foi entendido como sendo um médico chamado Lucas. Não é um historiador imparcial, mas é partidário declarado do movimento. Isto não diminui sua obra. Pelo contrário, até. Sendo partidário do movimento, ele não somente pesquisou, mas se envolveu com seus eventos, viveu-os, sofreu por eles. Isto fez dele um pesquisador não distante do ocorrido, mas uma testemunha ocular. Muitas vezes, a narrativa surge na primeira pessoa do plural, “nós”. Ele esteve lá. Ele viu. Recebeu informações que repassou mas, também, viveu muitos dos eventos que relata em sua obra. Isto faz do livro uma obra significativa. Parte dele foi escrita em campo de batalha por um dos soldados. Ou por um médico dos soldados. E não num gabinete, por um pesquisador incapaz de compreender o impacto dos eventos na vida das pessoas. Ele sabe do impacto do evangelho. Ele o experimentou.
Embora seja história, Atos, também, é um documento de fé. Isto também é positivo. É um documento espiritual. Neste comentário, além de considerá-lo assim, também o consideramos como sendo uma revelação de Deus. Cremos que é um documento inspirado pelo Espírito Santo de Deus. Lucas foi seu autor humano, mas o Espírito foi seu autor primeiro. Assim o trataremos. Não é uma história seca e imparcial. É uma história de fé e parcial. Parcial porque escrita por quem tinha fé e inspirada por quem produz a fé. A história de nossos ancestrais na fé está contida neste livro.
Atos foi escrito com elegância literária, em estilo elevado. Mostra ser uma obra bem construída e bem documentada. É um documento de fé, mas não é uma obra mal feita, irracional e irrefletida, produzida por um simpatizante simplório e desprovido de senso crítico. Fica claro que seu autor é uma pessoa bem preparada intelectualmente, culta, com bom vocabulário e domínio da arte de escrever, alem de se expressar bem em um grego elevado. Isto em termos de forma. Em termos de conteúdo, é uma obra da parte de alguém que conheceu o evangelho de Jesus e se rendeu a ele. E este comentário é de um autor, também rendido a Jesus e ao seu evangelho, apaixonado pela igreja, cuja história é narrada em Atos nos seus passos iniciais. E este autor confessa ser fascinado pela obra de Lucas.
O livro de Atos é uma obra histórica parcial, foi dito e repetido. E este comentário sobre Atos é uma obra parcial. Não se propõe a ser um trabalho científico, no sentido de imparcialidade (se é que isto existe). Pode seguir regras de interpretação, de redação, de estruturação do pensamento. Mas foi escrito para ajudar na fé no Senhor Jesus e na compreensão maior do seu evangelho. Se isto for alcançado, ficarei satisfeito, porque Atos foi escrito para esclarecer sobre o evangelho e a igreja. E este comentário também.
Embora seja história, Atos, também, é um documento de fé. Isto também é positivo. É um documento espiritual. Neste comentário, além de considerá-lo assim, também o consideramos como sendo uma revelação de Deus. Cremos que é um documento inspirado pelo Espírito Santo de Deus. Lucas foi seu autor humano, mas o Espírito foi seu autor primeiro. Assim o trataremos. Não é uma história seca e imparcial. É uma história de fé e parcial. Parcial porque escrita por quem tinha fé e inspirada por quem produz a fé. A história de nossos ancestrais na fé está contida neste livro.
Atos foi escrito com elegância literária, em estilo elevado. Mostra ser uma obra bem construída e bem documentada. É um documento de fé, mas não é uma obra mal feita, irracional e irrefletida, produzida por um simpatizante simplório e desprovido de senso crítico. Fica claro que seu autor é uma pessoa bem preparada intelectualmente, culta, com bom vocabulário e domínio da arte de escrever, alem de se expressar bem em um grego elevado. Isto em termos de forma. Em termos de conteúdo, é uma obra da parte de alguém que conheceu o evangelho de Jesus e se rendeu a ele. E este comentário é de um autor, também rendido a Jesus e ao seu evangelho, apaixonado pela igreja, cuja história é narrada em Atos nos seus passos iniciais. E este autor confessa ser fascinado pela obra de Lucas.
O livro de Atos é uma obra histórica parcial, foi dito e repetido. E este comentário sobre Atos é uma obra parcial. Não se propõe a ser um trabalho científico, no sentido de imparcialidade (se é que isto existe). Pode seguir regras de interpretação, de redação, de estruturação do pensamento. Mas foi escrito para ajudar na fé no Senhor Jesus e na compreensão maior do seu evangelho. Se isto for alcançado, ficarei satisfeito, porque Atos foi escrito para esclarecer sobre o evangelho e a igreja. E este comentário também.
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