As cartas de Paulo (III) - Gl / Ef / Fp / Cl
Aos Gálatas (3) - A nova condição do salvo
Leitura diária: Gálatas 4. 26-28
Leitura da Bíblia em um ano: 2Samuel, capítulos 19, 20 e 21
Paulo encerrou o texto que lemos ontem com uma espécie de alegoria, chamando atenção para a comparação que fez entre os nascimentos de Ismael e de Isaque. O objetivo era deixar claro que enquanto um deles provinha da vontade humana, chamado por isso mesmo de carnal, já que Sara foi quem providenciou com sua serva Agar o nascimento do primeiro, o segundo fora resultado da esperança e fé de Abraão numa promessa que se cumpriria cerca de 25 anos depois, num tempo, em que, as mulheres já não seriam férteis para a concepção de um feto em seu útero.
Ele queria com este argumento, comprovar para os judaizantes que, agora, com Cristo, eles deveriam se considerar filhos da promessa, portanto, libertos da lei, e não filhos da carne, portanto, presos à lei. Começa comparando a Jerusalém celestial à Jerusalém terrena:
"Agar, corresponde à Jerusalém atual [terrena]... Mas a Jerusalém que é de cima [a de quem provém Isaque], é livre; a qual é nossa mãe [Sara]. Gl 4.25,26
E, para comprovar isto, vai ao Antigo Testamento (Is54.1): "Alegrate, estéril, que não dás a luz; esforça-te e clama, tu que não estás de parto; porque mais são os filhos da desolada [Sara] do que as que tem marido [Agar]". Podendo assim, completar com ênfase, para eles, crentes judeus na Galácia:
"Ora, vós, irmãos, sois filhos da promessa, comoIsaque" Gl 4.28.
Para desarraigá-los das amarras da leis, Paulo precisava apelar para argumentos bem contundentes como este, comparando Sara a Agar e Isaque a Ismael, pois tais símbolos eram muito fortes para eles judeus, que se consideravam filhos de Abraão com Sara, filhos de Isaque, e não de Agar e de seu filho Ismael. Como tinham eles tais convicções muito marcantes, o apóstolo achava que com tais argumentações, poderia demovê-los do erro em que incorriam.
Oração para o dia: Prepara-me, Senhor, para defender a minha fé em ti. Que mesmo diante do ataque do inimigo, nada me demova do desejo de esperar no Senhor.
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