segunda-feira, 23 de abril de 2012

O TESTEMUNHO DOS ANTIGOS – parte 4 - 4/6













Aos Hebreus 11:1-2


II. O Testemunho é comprovado pelos altares que edificaram ao longo da jornada:

4. O Altar da Igreja a qual serviu com amor e seriedade: Foi um homem do púlpito. Honrou a plataforma sagrada para alimentar suas ovelhas e todos os que compareciam aos seus cultos. A experiência do primeiro sermão em Belém do Pará comprova o zelo de Ebenézer pelo púlpito e pela mensagem a ser transmitida aos ouvintes. O pastor João Daniel da Primeira Igreja Batista em Belém, o escolheu para pregar na congregação do Chaco sem avisá-lo. Assim O Jornal Batista de 6 de Fevereiro de 1972 registra o fato, escrito pelo próprio Ebenézer: “Na próxima sexta feira pregará na Congregação do Chaco o irmão Ebenézer Cavalcanti. Ouvi isso e estremeci. Não me havia falado antes. No dia do  compromisso, li João 10.9 e soltei o verbo. Súbito entrou o pastor, atrasado de propósito, para deixar-me à vontade. Aí eu perdi o fôlego, e não saiu mais nada”.

Do adolescente envergonhado na sua primeira pregação, Deus fez um oráculo destemido das verdades bíblicas. Seu púlpito continua gerando respeito até os dias atuais. Milhares de vidas foram edificadas, confrontadas e consoladas com seus sermões. Ebenézer levou a sério a  recomendação de Paulo ao jovem pastor Timóteo: “Prega a palavra” (2 Tim 4.2ª). Não fez do púlpito um picadeiro, não denegriu a pregação com ofertas de curas, milagres, prosperidade. Não! Suas mensagens eram extraídas dos textos bíblicos, e alimentavam os ouvintes, estimulando-os à comunhão mais profunda com Cristo. Obreiro fiel ao chamado e comprometido com a verdadeira função do ministério pastoral. Isto justifica a sua permanência por tão longo tempo à frente desta Igreja. Ebenézer não precisava trocar de púlpito e de Igreja para sobreviver. Rebanho alimentado não busca outros pastos e não suplica pela troca do pastor. Todos os ministérios frutíferos e abençoados na história do Brasil Batista foram longos, sem crises e sem ovelhas promovendo campanhas para a saída do pastor. Impossível alguém referir-se à Igreja Batista Dois de Julho e não lembrar o nome de Ebenézer Gomes Cavalcanti. Sião  lembra Valdivio Coelho. Vila Mariana, em São Paulo, lembra Rubens Lopes. A Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro lembra os Soren, pai e filho. Capunga, no Recife, lembra Munguba Sobrinho. Rocha, no Rio de Janeiro, lembra José dos Reis Pereira. Méier, no Rio de Janeiro, lembra José Miranda Pinto. E muitas outras igrejas espalhadas por esse Brasil Batista lembram grandes homens de Deus. Comprometidos com a Palavra. As igrejas, hoje, clamam por pastores que façam do púlpito altar sagrado. Altar em que persiste a convicção que Deus falou. A ausência de homens de Deus justifica porque em muitas igrejas não há mais púlpitos. Em algumas, apenas uma estante do regente do coro, quando há coro. Sentimos falta de homens como Ebenézer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário