Apocalipse - O livro da Revelação
Três cartas às igrejas de Cristo
Sardes, a quinta carta
Leitura diária: Apocalipse 3.1-3
Leitura da Bíblia em um ano: Jeremias, capítulos 2, 3 e 4
O Espírito do Senhor continua dirigindo o apóstolo na Escritura a escrever.Agora, dando continuidade à espiral que início em Éfeso, no sul da Ásia, subiu em direção ao Oeste, passando por Esmirna, Pérgamo e Tiatira e agora começa a inclinar-se para o Leste, em direção a Sardes. Nesta carta, os sete espíritos e as sete estrelas, que lemos abaixo, é uma imagem figurada para aquele que está redigindo a carta. É como se alguém estivesse fazendo referência à autoridade de que estava investido aquele que escrevia. Sete, era para o judeu, o número da perfeição, e como o texto referia-se a Cristo, o autor da carta, esta perfeição era encarnada na plenitude do Espírito de Deus que ele possuia (por isso sete espíritos), e na luz infinita que dele emanava (por isso sete estrelas). Interessante verificar que esta alusão ao poder de quem iria escrever à igreja em Sardes, é a de maior destaque e expressão. Maior que nas anteriores quatro cartas.Acreditamos que esta ênfase é justificada logo no início da carta, quando sua advertência é de uma severidade sem igual em todas as demais:
"... Isto diz aquele que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas:Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, e estás morto." Ap 3.1b
Sem dúvida, esta é a admoestação mais severa de todas encontradas nessas sete cartas. A igreja em Sardes, deveria estar enfrentando um problema espiritual muito sério, de forma a requerer do Senhor um tratamento tão dramático. Pelas obras, exteriormente, aquela igreja poderia até transparecer ser uma igreja viva do Senhor, mas como ele conhece o íntimo de todos nós, e a vida interna de cada uma de nossas igrejas, ele afirma que tudo aquilo era apenas aparência, pois a grande realidade, para ele, é que aquela igreja estava morta.
O rigor dessas palavras deve ser devidamente sopesado por nós hoje. Muitas de nossas igrejas estão vivendo plenas de ativismo, mas vazias de fé e espiritualidade. Se tornaram centros sociais de renome, mas como igrejas de Cristo, comunhão dos crentes, estímulo para vidas santas, pregação do puro Evangelho de Cristo, não existem. Perderam o essencial pelo supérfluo, o principal pelo subalterno, a razão primeira pela secundária. Que, como crentes, lutemos em cada uma de nossas igrejas pela manutenção de uma igreja viva e atuante para a obra pura e primeira de Cristo: a salvação do ser humano.
Oração para o dia:
Capacita-me, Senhor, para ser um instrumento operoso em tua igreja, contribuindo para que sua ação seja positiva para a pregação do teu Evangelho.
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