quarta-feira, 31 de outubro de 2012

MEDITAÇÕES DIÁRIAS - Filadélfia, a sexta carta

Apocalipse - O livro da Revelação
Três cartas às igrejas de Cristo

Filadélfia, a sexta carta


Leitura diária: Apocalipse 3.7-9
Leitura da Bíblia em um ano: Jeremias, capítulos 8, 9 e 10



Fazendo o vetor inclinar-se mais para o leste, o inspirador das cartas desce um pouco mais ao Leste, em direção à cidade de Filadélfia. A espiral está se fechando, com uma carta a uma igreja que tem muito a nos ensinar. Uma das características mais notórias do crente, é a sua capacidade de transformar a limitação em poder, a fraqueza em força, o fim em começo. Sim, pela instrumentalidade do Espírito Santo, quando ele efetivamente opera em nossas vidas, nós somos capazes de realizar o que aparentemente nos parecia impossível a princípio. Foi assim com Moisés. Com Davi. Com os apóstolos. Com Paulo, também. Mas não foi apenas nos tempos bíblicos que isto se deu. Carey na Índia, Livingstone na África, Hudson Taylor na China, realizaram também o que parecia impossível. Hoje, isto acontece ainda:

"Conheço as tuas obras (eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar), que tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome" Ap 3.8

Interessante que é para esta igreja que tem "pouca força", aquela exatamente para quem o Senhor tem uma "porta aberta". Muitas vezes somos levados a pensar que as igrejas de Cristo hoje, têm que ser grandes, poderosas na sociedade, com muitos membros, para que suas ofertas e seu poder financeiro exerçam na sociedade em que se insere, algum poder de mudança. Parece-nos que estamos diante de uma contradição, pois é precisamente para uma igreja desprovida desse poder, que o Senhor dá uma oportunidade, coloca-a diante de uma missão, uma "porta aberta" para a realização e o serviço cristão.

As igrejas cristãs, quando menores, têm um poder de coesão muito maior. Na igreja grande, os alvos se dispersam, as pessoas se desconhecem, o entrelaçamento diminui, os "grupinhos" se formam. Na igreja pequena, o conhecimento mútuo, a convivência mas íntima, a comunhão com o Senhor mais abrangente, enfim, predispõem a comunidade a realizações maiores, a cometimentos espirituais mais significativos, a buscas mais estimulantes e desafiadoras. É para essas igrejas que o Senhor coloca uma "porta aberta". Não que a igreja grande também não possa tê-la, mas ali, muitas vezes, a "porta aberta" é decorrência unicamente de seu poder e não do poder de Deus.


Oração para o dia:
Capacita-me, Senhor, para mesmo em face de minhas limitações, aceitar os grandes desafios que me tem destinado, para a auto-afirmação de minha fé em ti.

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