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Quando o jovem chega ao momento de definir sua carreira profissional, as coisas não são simples. Por vezes, até se complicam, deixando o estudante em conflito, não vendo diante dele ou dela uma profissão futura bem definida. É comum ver uma pessoa cursar toda uma faculdade e não exercer a carreira, às vezes nem entrando nela ou parando no meio do caminho. Mas quando se trata de vocação ministerial, os erros geram consequências mais sérias, pois os negócios do reino eterno estão mais diretamente em jogo. Abraçar esse ministério com vocação é uma bênção. Afastar-se dele com vocação é um desastre. Abraçá-lo sem vocação é um desastre. Afastar-se sem vocação é uma bênção. A chamada ministerial não se define apenas na base do gostar ou não gostar da profissão, testes vocacionais, mercado de trabalho, recursos para o sustento acadêmico e outros fatores importantes para ajudar o aspirante. Nesse período de decisão, o candidato ministerial, jovem ou adulto, deve prestar atenção a certas evidências. Uma delas é a evidência do convencimento do Espírito. Sendo algo tão subjetivo, não deixa de ser a primeira e mais importante das provas de uma vocação divina. No meu caso particular, eu possuía apenas dois anos de conversão, único convertido, até então, de toda a família, apenas quinze anos de idade, membro de uma pequena igreja, ovelha de um pastor visitante. Tinha tudo para não saber nem sequer se existia alguma coisa como chamada ministerial. Não havia nada que pudesse usar como prova técnica de vocação, mesmo na esfera secular. No entanto, o Espírito já me havia convencido que meu futuro seria fazer uma obra semelhante àquela do meu pastor. Lembro-me bem de que me exercitava constantemente, perguntando a mim mesmo, como me sairia se fosse um Médico, Advogado, Engenheiro, Professor? A resposta que vinha de dentro era sempre a mesma, Esse não é o seu negócio! Uma segunda evidência de vocação ministerial é a apreciação dos outros. Você sabe como o Espírito Santo lhe fala o tempo todo que o tem separado para sua obra especial. Assim também, é muito natural que essa mesma convicção seja levada por ele àqueles que convivem com você durante essa fase importante de sua vida. O desestímulo pode partir de um irmão pouco instruído na Palavra a respeito desse portentoso assunto. O incentivo indevido ou exagerado, também. Mas, uma constante manifestação dos filhos de Deus nessa direção, aliada à evidência mais importante, a sua certeza interior, deve ser algo notável para você nessa emocionante ocasião de sua vida cristã. E por falar em desestímulo, lembro-me de um jovem também novo convertido, quando disse: Eimaldo, eu acho que Deus não costuma chamar pessoas magras como você, porque todos os pastores que conheço são gordos, inclusive o nosso. Tratava-se do meu primeiro pastor, Israel José Pinheiro. O pastor José Martins Rodrigues, que me deu posse em Paranaguá, Estado do Paraná, hoje com 101 anos de vida, me contou que no Seminário os colegas costumavam brincar com ele assim, De Israel tem tudo. De Pinheiro não tem nada! Isso, por causa de sua pequena estatura física. Entre eles estava outro gigante, pastor David Gomes, meu professor de Evangelismo no Seminário. Por outro lado, todo encorajamento ou apoio deve ser muito bem vindo, principalmente da parte do pastor ou pastores relacionados com o candidato. No meu caso pessoal, o pastor Israel, o pastor João Barreto da Silva e o pastor Waldemar Zarro, foram os três gigantes da fé que muito me ajudaram a concretizar minha certeza de vocação. Uma terceira evidência é a frequência com que o Senhor fala ao seu convocado através da sua Palavra. Mesmo quando você está lendo ou estudando uma passagem cujo contexto não trata diretamente de chamada, o Espírito o conduz nessa direção. Por exemplo, ao ler os Patriarcas, Juízes, Profetas e Jesus Cristo, sobretudo, você vai sentir uma interação de privilégio, compromisso e chamada. A distância dos séculos parece já não existir. E quando o contexto é de chamada, como de Abraão, Moisés, Davi e muitos outros, a sua identificação ainda é mais profundamente sentida. O pastor Arthur Elder, missionário da Missão Britânica, meu colega no Paraná, algumas vezes nos lembrou de um jovem na Inglaterra. Procurou o seu pastor e disse: Pastor, estou me sentindo chamado para ser pastor. Que devo fazer? O pastor lhe respondeu, Se você puder, tire o corpo fora! Naturalmente a compreensão desse conselho depende de pôr a ênfase no lugar certo. Se você puder. E não Tire o corpo fora. É certo que aquele pastor estava oferecendo o melhor conselho. Ou seja, Se você é realmente chamado, tente tirar o corpo fora e verá que é impossível fazer isso e ser bem sucedido. REAVIVA O DOM QUE HÁ EM TI (Paulo). Eimaldo Vieira Pastor Emérito da IB Nova Jerusalém, Cabo Frio, RJ |
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